Inimigos Queridos
Joanna de Ângeles/Divaldo Pereira Franco
São muitos, aqueles que surgem, na condição de inimigos, não obstante queridos: filhos ingratos, que se comprazem em atormentar os pais abnegados e sensíveis;
Companheiros que recebem carinho e os retribuem mediante agressões e azedumes; pais incompreensíveis e exigentes, embora respeitáveis;
Esposos cruéis que desconsideram o outro consorte e o crivam de censuras injustificáveis; conhecidos que desfrutam de bondade, e, todavia, são indiferentes ou irreconhecidos.
Encontram-se na mesma rota, como adversários que beneficiam, sem cessar, e não desperdiçam oportunidade para ferir e malsinar.
Não te irrites com eles, vencendo a tentação de revide através dos mesmos abomináveis recursos.
Ninguém surge na tua paisagem evolutiva com resultado do acaso, em instância destituída de finalidade.
Estes actuais inimigos queridos, ressurgem do teu passado espiritual como benção, para que treines paciência e aprimores a capacidade de amar.
Reagem, negativamente, porque ainda têm impressos, nas telas do inconsciente, os males que lhes infligiste.
E certo que não têm o direito de cobrar-te as dívidas.Todavia, a fase em que estagiam é de desequilíbrio, sentindo-se impelidos aos infelizes desforços a que se entregam.
Reencarnam-se em tua família ao teu lado ou próximos de ti, a fim de que se reajustem programas e compromissos interrompidos, cada qual se recuperando do próprio erro.
Alguns intentam melhorar-se e não o conseguem os primeiros embates.
Dá-lhes novas oportunidades. Insta com a tua afeição, a ponto de permitir-lhes redescobrir-te, ora em situação melhor, firmando em propósitos superiores quais os que abraças.
A vida é uma sucessão de ensejos ditosos, a que deves recorrer para o teu progresso.
Esses inimigos queridos são afectos que distanciaste e agora retornam, magoados, em desajuste, carentes de amor, que deixaste em sofrimento no caminho já percorrido.
Se eles, porém não mudarem de atitude em relação a ti, prossegue, assim mesmo confiando no tempo e não te deixes abater nunca.
Os teus inimigos queridos constituem, neste momento, desafio ao amor que deverás dispensar-lhes com crescente demonstração de carinho.
(Psicografia de Divaldo P.Franco, Luz da Esperança, pág29)
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