quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Akiane Menina Prodígio Child Art Prodigy

"Só a Reencarnação pode explicar competências adquiridas."


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Profilaxia e terapêutica Espírita da Obsessão"




O que é a obsessão?

"A obsessão é a acção persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo.
Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais." (O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap. XXVIII).

Quem é o obsessor?

"Obsessores visíveis e invisíveis são nossas próprias obras,
espinheiros plantados por nossas mãos." (Seara dos Médiuns)

Obsessão — do latim obsessione. Impertinência, perseguição, vexação. Preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito, e resultante ou não de sentimentos recalcados; ideia fixa; mania. Confrontando a significação vulgar do vocábulo e a definição de Kardec, verificaremos que a “preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o espírito”, pode também resultar da certeza da culpa existente nos recessos da mente, denotando realmente “perseguição” a traduzir-se na presença do obsessor que vem desforrar-se do antigo algoz ou comparsa.

As Influenciações Espirituais

“Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos actos?

Muito mais do que imaginais, influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.” (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.questão 459.)

O QUE PREDISPÕE À OBSESSÃO

“ (...) as Imperfeições morais dão azo à acção dos Espíritos obsessores.”

Quando podemos reconhecer a Obsessão:

Quando sentimos ideias torturantes a se fixar.

Quando sentimos forças interferindo no processo mental.

Quando se verifica a vontade sendo dominada.

Quando se experimenta inquietação constante.

Quando se sinta desequilíbrio espiritual.

Acessos à Obsessão:

Ideias profundamente negativas

Depressão / Desânimo

Revolta

Medo

Irritação / Cólera

Vícios / fumo / tóxicos / álcool

Desregramento sexual

Maledicência

Ciúme

Avareza/Egoísmo

Ociosidade

Remorso

AS VÁRIAS EXPRESSÕES DE UM MESMO PROBLEMA

‘(...) existem problemas obsessivos em várias expressões, como os de um encarnado sobre outro; de um desencarnado sobre outro; de um encarnado sobre um desencarnado genericamente, deste sobre aquele.” — Manoel Philomeno de Miranda. (Sementes de Vida Eterna, Autores Diversos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, capítulo 30.)

Obsessão - um problema a expressar-se de várias maneiras. Além das relacionadas por, Manoel Philomeno de Miranda, acrescentaremos: a obsessão recíproca e a auto obsessão.



“O homem não raramente é o obsessor de si mesmo”, é o que assevera o Codificador.Tal coisas, porém, bem poucos admitem. A grande maioria prefere lançar toda a culpa de seus tormentos e aflições aos Espíritos, livrando-se, segundo julgam, de maiores responsabilidades.Kardec vai mais longe e explica: “Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta“O homem não raramente é o obsessor de si mesmo”, é o que assevera o Codificador.Tal coisas, porém, bem poucos admitem. A grande maioria prefere lançar toda a culpa de seus tormentos e aflições aos Espíritos, livrando-se, segundo julgam, de maiores responsabilidades.Kardec vai mais longe e explica: “Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo.” Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier,

Capítulo 14, 10ª edição FEB.Obras Póstumas, Allan Kardec, Primeira Parte, “Manifestações dos Espíritos”, Item 58,17.a cd. FEB.

A criança obsediada

“Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação? (…). Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso?”(O livro dos Espíritos, Allan Kardec questão 199-a.)

Crianças que padecem obsessões devem ser tratadas em nossas instituições espíritas através do passe e da água fluidificada, e é imprescindível que lhes dispensemos muita atenção e amor, a fim de que sintam confiantes e seguras em nosso meio.Tentemos cativa-las com muito carinho, porque somente o amor conseguirá refrigerar essas almas cansadas de sofrimentos, ansiando por serem amadas.

Fundamental, nesses casos, a orientação espírita aos pais, para que entendam melhor a dificuldade que experimentam, tendo assim mais condições de ajudar o filho e a si próprios, visto que são, provavelmente, os cúmplices ou desafectos do pretérito, agora reunidos em provações redentoras. Devem ser instruídos no sentido de que façam o Culto do Evangelho no Lar, favorecendo o ambiente em que vivem com os eflúvios do Alto, que nunca falta àquele que recorre à Misericórdia do Pai.

Gradação das obsessões

“É assim que somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsediados de alguns minutos, alienados mentais em marcadas circunstâncias de lugar ou de tempo, ou, ainda, doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns lastimáveis da desarmonia, pela nossa permanência longa em reflexos condicionados. Viciosos, adquirindo compromissos de grave teor nos actos menos felizes que praticamos, sem -inconscientemente, sugestionados uns pelos outros, porquanto, perante a Lei, a nossa vontade é responsável em todos os nossos problemas de sintonia.” (Mecanismos da Mediunidade, André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, capítulo 16.)

A Obsessão

Obsessão simples-Fascinação- Subjugação

Allan Kardec

Livro dos Médiuns cap XXIII

Obsessão simples


238. Dá-se a obsessão simples, quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com outros Espíritos e se apresenta em lugar dos que são evocados.
Ninguém está obsediado pelo simples fato de ser
enganado por um Espírito mentiroso. O melhor médium se acha exposto a isso, sobretudo, no começo, quando ainda lhe falta a experiência necessária, do mesmo modo que, entre nós homens, os mais honestos podem ser enganados por velhacos. Pode-se, pois, ser enganado, sem estar obsediado. A obsessão consiste na tenacidade de um Espírito, do qual não consegue desembaraçar-se a pessoa sobre quem ele actua.
Na obsessão simples, o médium sabe muito be
m que se acha presa de um Espírito mentiroso e este não se disfarça; de nenhuma forma dissimula suas más intenções e o seu propósito de contrariar. O médium reconhece sem dificuldade a felonia e, como se mantém em guarda, raramente é enganado. Este género de obsessão é, portanto, apenas desagradável e não tem outro inconveniente, além do de opor obstáculo às comunicações que se desejara receber de Espíritos sérios, ou dos afeiçoados.
Podem incluir-se nesta categoria os casos de obsessão física, isto é, a que consiste nas manifestações ruidosas e obstinadas de alguns Espíritos, que fazem se ouçam, espontaneamente, pancadas ou outros ruídos.
Pelo que concerne a este fenómeno, consulte-se o capítulo Das manifestações físicas espontâneas. (N. 82.)

Fascinação


239. A fascinação tem consequências muito mais graves. E uma ilusão produzida pela acção directa do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula. Fora erro acreditar que a este género de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem.
Já dissemos que muito mais graves são as consequências da fascinação. Efectivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o in
divíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode leva-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode leva-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.
Compreende-se facilmente toda a diferença que existe entre a obsessão simples e a fascinação; compreende-se também que os Espíritos que
produzem esses dois efeitos devem diferir de carácter. Na primeira, o Espírito que se agarra à pessoa não passa de um importuno pela sua tenacidade e de quem aquela se impacienta por desembaraçar-se. Na segunda, a coisa é muito diversa. Para chegar a tais fins, preciso é que o Espírito seja destro, ardiloso e profundamente hipócrita, porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido, senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude. Os grandes termos - caridade, humildade, amor de Deus - lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade, que só o fascinado é incapaz de perceber. Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme são as pessoas que vêem claro. Daí o consistir a sua táctica, quase sempre, em inspirar ao seu intérprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre.

Subjugação


240. A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado.
Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprome
tedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas: é como uma fascinação. No segundo caso, o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários. Traduz-se, no médium escrevente, por uma necessidade incessante de escrever, ainda nos momentos menos oportunos. Vimos alguns que, à falta de pena ou lápis, simulavam escrever com o dedo, onde quer que se encontrassem, mesmo nas ruas, nas portas, nas paredes. Vai, às vezes, mais longe a subjugação corporal; pode levar aos mais ridículos actos. Conhecemos um homem, que não era jovem, nem belo e que, sob o império de uma obsessão dessa natureza, se via constrangido, por uma força irresistível, a pôr-se de joelhos diante de uma moça a cujo respeito nenhuma pretensão nutria e pedi-la em casamento. Outras vezes, sentia nas costas e nos jarretes uma pressão enérgica, que o forçava, não obstante a resistência que lhe opunha, a se ajoelhar e beijar o chão nos lugares públicos e em presença da multidão. Esse homem passava por louco entre as pessoas de suas relações; estamos, porém, convencidos de que absolutamente não o era; porquanto tinha consciência plena do ridículo do que fazia contra a sua vontade e com isso sofria horrivelmente.

241.Dava-se outrora o nome de possessão ao império exercido por maus Espíritos, quando a influência deles ia até à aberração das faculdades da vítima. A possessão seria, para nós, sinónimo da subjugação. Por dois motivos deixamos de adoptar esse termo: primeiro, porque implica a crença de seres criados para o mal e perpetuadamente votados ao mal, enquanto que não há senão seres mais ou menos imperfeitos, os quais todos podem melhorar-se; segundo, porque implica igualmente a ideia do apoderamento de um corpo por um Espírito estranho, de uma espécie de coabitação, ao passo que o que há é apenas constrangimento. A palavra subjugação exprime perfeitamente a ideia. Assim, para nós, não há possessos, no sentido vulgar do termo, há somente obsidiados, subjugados e fascinados.

242."A obsessão, como já dissemos, é um dos maiores escolhos da mediunidade. É também um dos mais frequentes. Assim, nunca serão demais as providências para combate-la. Mesmo porque, além dos prejuízos pessoais que dela resultam, constitui-se um obstáculo absoluto à pureza das comunicações. A obsessão, em qualquer dos seus graus, sendo sempre o resultado de um constrangimento, não podendo jamais este constrangimento ser exercido por um Espírito bom, segue-se que toda comunicação dada por um médium obsediado é de origem suspeita e não merece nenhuma confiança" (Allan Kardec - O Livro dos Médiuns).

Se Kardec diz que não podemos confiar em nada que venha de uma mediunidade obsediada, como poderemos solucionar os casos de perturbação espiritual, usando de intérprete o próprio perturbado?

O processo obsessivo


"Justapondo-se subtilmente cérebro a cérebro, mente a mente, vontade dominante sobre vontade que se deixa dominar, órgão a órgão, através do perispírito pelo qual se identifica com o encarnado, a cada cessão feita pelo hospedeiro, mais coercitivo se faz a presença do hóspede, que se transforma em parasita insidioso..."
(Nos bastidores da Obses
são, Manoel P. de Miranda)

Modo de Acção do Obsessor

Subtilmente, a princípio, em delicado processo de hipnose, a Ideia obsidente penetra a mente do futuro hóspede que, desguardado das reservas morais necessárias (...) começa a dar guarida ao pensamento infeliz incorporando-o às próprias concepções e traumas que vêm do passado, através de cujo comportamento cede lugar à manifestação ingrata e dominadora da alienação obsessiva”. — Manoel Philomeno de Miranda.

(Sementes de Vida Eterna, Autores Diversos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, capítulo 30.)

A importância da Fluidoterapia

"Nos casos de obsessão grave, o obsediado fica como envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a acção dos fluidos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraça-lo.
Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de acção idêntica à do médium curador,
nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor." (A Gênese, Allan Kardec).

“ Incorporação durante o passe”

Do paciente – Roque Jacinto diz-nos: “que o momento do passe, não é o de evocação.

“Não é de doutrinação dos desencarnados”

“Não é o de orientação formal ao enfermo”

André Luíz também reportou: “Interromper as manifestações mediúnicas no horário do passe curativo. ”

Pois a disciplina é a alma da eficiência”.

(O livro Conduta Espírita).

Quando o paciente traz o hábito de manifestações indisciplinadas cabe ao passista ajuda-lo a desconcentrar-se.

1ª.” (…) Anacleto assumiu nova atitude, dando-me a entender que ia favorecer suas expansões irradiantes e, em seguida, começou a actuar por imposição. (…). Foi então que o magnetizador espiritual iniciou o serviço mais activo do passe, alijando a maligna influência. Fez o contacto duplo sobre o epigástro, erguendo ambas as mãos e descendo-as, logo após, morosamente, através dos quadris até os joelhos, repetindo o contacto na região mencionada e prosseguindo nas mesmas operações por diversas vezes.” (Missionários da Luz, p, 330).
2º.”Anacleto continuou de pé aplicou-lhe um p
asse longitudinal sobre a cabeça, partindo do contacto simples e descendo a mão, vagarosamente, até à região do fígado. (…).” (Missionários da luz, p.330)
3º.Logo após, muito cuidadosamente, actuou p
or imposição de mãos sobre a cabeça da enferma, como se quisesse aliviar-lhe a mente. Em seguida aplicou passes rotatórios na região uterina.” (Missionários da Luz, p, 332).
4º.”Clarêncio, porem, submeteu-a a passes ma
gnéticos de longo curso, prometendo que a medida se faria seguir das melhoras necessárias.” (Entre a terra o Céu, 12,ed.,p189).
5º.”Jerónimo, (…). Começou aplicando passes de restauração ao sistema de condução do estímulo, (…). Em seguida, forneceu certa quantid
ade de forças ao pericárdio, (…). Logo após, meu orientador magnetizou, longamente, a zona em que se localizava o tumor (…).”Obreiros da vida Eterna, 21.ed.,p262).
6º.” A Entidade compassiva, utilizando-se da té
cnica longitudinal com pequenas variações, demonstrando, porém, profundo conhecimento dos centros de força, no corpo e no perispirito, operou, dispersando, a principio, as construções mentais perniciosas e desencharcando-lhe o psiquismo de fluidos prejudiciais, para, logo após, recompor-lhe o equilíbrio, mediante a doação de energia, facilmente assimilada pelo organismo.” (Loucura e Obsessão, 2.ed.,p65).

A Desobsessão

“ (...) A desobsessão vige, desse modo, por redio moral específico, arejando os caminhos mentais
em que nos cabe agir, imunizando-nos contra os perigos da alienação e estabelecendo vantagens ocul-
tas em nós, para nós e em torno de nós, numa extensão que, por enquanto, não somos capazes de
cal-
cular. Através dela, desaparecem doenças-fan
tasmas, empeços obscuros, insucessos, além de obtermos
com o seu apoio espiritual mais amplos horizon
tes ao entendimento da vida e recursos morais apreciáveis
para agir, diante do próximo, com desapego e compreensão." (Desobsessão, André Luiz)

Acção dos Obsessores contra os Grupos Espíritas

“ (...) Os ocasionadores de perturbações não se encontram somente no meio delas (das Sociedades e das reuniões),mas também no mundo invisível. Assim como há Espíritos protectores das associações, das cidades e dos povos, Espíritos malfeitores se ligam aos grupos, do mesmo modo que aos indivíduos. Ligam-se, primeiramente, aos mais fracos, aos mais acessíveis, procurando fazer-los seus instrumentos e gradativamente vão envolvendo os conjuntos, por isso que anto mais prazer maligno experimentam, quanto maior é o número dos que lhes caem sob o jugo." (O Livro dos
Médiuns, Allan Ka
rdec, ítem 340)

Profilaxia das Obsessões

"Vai, e não peques mais." - Jesus, (João, 8:11)

A Desobsessão Natural

"Aquele que encontrou Jesus já começou o processo de libertação
interior e de desobsessão natural." - Eurípedes Barsanulfo (Semen-
tes d
e Vida Eterna).

O Médium

"Se um médium não se conduzir convenientemente perante a Doutrina,ou por qualquer outra circunstância demonstrar sinais de domínio de um obsessor, será indispensável que suspenda qualquer labor mediúnico,
visto que já não poderá inspirar confiança as comunicações que receber e se poderá também prejudicar grandemente, dando ensejo à solidificação da obsessão." (Recordações da Mediunidade, Yvonne A.Pereira)

Todo obsediado é médium. Isto não significa, contudo, que ele deva desenvolver a sua faculdade. Na maior parte das vezes é exactamente o que ele não deve fazer. Antes de mais nada, requer um tratamento espiritual, orientado pela Doutrina Espírita e condizente com o seu estado.André Luiz esclarece: "O obsediado, porém, acima de médium de energias perturbadas, é quase sempre um enfermo, representando uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano." (Missionários da Luz, André Luiz)

São "médiuns doentes", diz o citado autor espiritual, que trazem consigo "aflitiva mediunidade de provação".Quanto a se encaminhar o médium obsediado às reuniões para educação e desenvolvimento da sua mediunidade, é ainda André Luiz que adverte ser indispensável que, "antes de tudo, desenvolva recursos pessoais no próprio reajuste", lembrando que "não se constroem paredes sólidas em bases inseguras" (Nos domínios da Mediunidade, André Luiz)

Há que se ter cautela no que se refere à problemática mediúnica do obsediado, pois, com o pensamento cerceado pelo obsessor, logicamente não está em condições de um desenvolvimento normal. Deve-se trata-lo com os recursos que o Espiritismo oferece, não se dispensando o tratamento médico que o caso requeira e atentos a que em muitas situações os desajustes espirituais reflectem-se no corpo físico, lesando-o. Enfatizamos esta necessidade, lembrando que a Doutrina Espírita não veio para substituir a Medicina terrestre, nem os médiuns pretendem a tarefa que compete aos médicos. A finalidade maior do Consolador é a cura das almas.

Quanto aos médiuns que já estão actuando, os que já têm uma actividade equilibrada, seria absurdo cataloga-los todos como obsediados. Embora todos os médiuns, tanto quanto todos os seres humanos, sejam susceptíveis de sofrer obsessões. Como diz Joanna de Ângelis: "Ninguém que esteja em regime de excepção, na face da Terra."

O Obsediado

"As imperfeições morais do obsediado constituem, frequentemente, um obstáculo à sua libertação."
(O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, ítem 252)

A Acção do Pensamento

"Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito,
no campo dos efeitos transitórios, mas o objecto formado pelo poder mental vive
no mundo íntimo, exigindo cuidados esp
eciais para o esforço de continuidade ou
extinção". (Pão Nosso, Emmanuel)

Companhias Espirituais

“ (…) Criando imagens fluídicas, o pensamento se reflecte no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. (…) Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo.” (A Gênese, Allan Kardec, cap.xiv, item15.)

A uma simples vibração do nosso ser, a um pensamento emitido, por mais secreto nos pareça, evidenciamos de imediato a faixa vibratória em que nos situamos, que terá pronta repercussão naqueles que estão na mesma frequência vibracional.Assim atrairemos aqueles que comungam connosco e que se identificam com a qualidade de nossa emissão mental.

“Cada mente é um verdadeiro mundo de emissão e recepção”

“ Desencarnados e encarnados, em todos os sectores de actividade terrestre, vivem na mais ampla permuta de ideias “

As Consequências da Obsessão

"A subjugação corporal, levada a certo grau, poderá ter como consequência a loucura?"
-Pode, a uma espécie de loucura cuja causa o mundo desconhece, mas que não tem relação alguma com a loucura ordinária. Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto com os tratamentos corporais os tornam verdadeiros loucos. Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo, saberão fazer essa distinção e curarão mais doentes do que com as duchas."
(O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, ítem 254, 6ª questão)

Esclarecimento ao Obsediado

"Seja, todavia, qual seja o recurso utilizado no socorro ao padecente do flagelo obsessivo,somente o obsidiado pode oferecer o indispensável requisito para a própria saúde: reforma íntima." - Manoel P.de Miranda (Sementeira da Fraternidade). Do Médiun Divaldo pereira franco.

Diz Allan Kardec: “ por sua vontade pode sempre o homem sacudir o jugo dos Espíritos imperfeitos, porque em virtude do seu livre-arbítrio, há escolha entre o bem e o mal.Se o constrangimento chegou a ponto de paralisar a vontade, e se a fascinação é tão grande que oblitera a razão, então a vontade de uma terceira pessoa pode substituí-la. (Revista Espírita, out 1858, p.277).


Oração e Jejum

Oração - sintonia com os Planos Superiores.

Jejum - abstenção e superação dos vícios.

O porquê e como realizar a prece e a vibração.


Um amigo da família e membro da Sociedade Espírita de Paris, julgou dever interrogar um Espírito superior, que respondeu:”A ideia fixa dessa senhora, por sua mesma causa, atrai em sua volta uma porção de espíritos maus, que a envolvem com seus fluidos e alimentam as suas ideias, impedindo que lhe cheguem as boas influências. Os espíritos dessa natureza abundam sempre em semelhantes meios e constituem sempre, obstáculo à cura dos doentes.Contudo podereis cura-la, mas para tanto é necessária uma força moral capaz de vencer a resistência; e tal força não é dada a um só.Cinco ou seis Espíritas sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes e peçam com fervor a Deus e aos bons espíritos que a assistam; que a vossa prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental; para tanto não necessitais estar junto a ela, ao contrário.Pelo pensamento podeis levar-lhe uma corrente fluídica, cuja força estará na razão de vossa intenção, aumentada pelo número.Por tal meio podereis neutralizar o mau fluido que a envolve.Fazei isto.tende fé em Deus e esperai.(Allan Kardec, Revista Espírita, jan.1863,p.05).

Os Resultados

“Seis pessoas se dedicaram a esta obra de caridade e, durante um mês não faltaram à missão aceita. Depois de alguns dias a doente estava sensivelmente mais calma; quinze dias mais tarde a melhora era manifesta e agora voltou para sua casa em estado perfeitamente normal, ignorando ainda, como seu marido de onde lhe veio a cura (Revista Espírita 1863,p.05).Conclui Kardec:“ Que não poderia o magnetismo ajudado pela prece! Infelizmente certos magnetizadores, a exemplo de muitos médicos, fazem abstracção do elemento espiritual; vêem apenas a acção mecânica, assim se privando de poderoso auxiliar. Esperamos que os verdadeiros Espíritas vejam no fato mais uma prova do bem que podem fazer em circunstâncias semelhantes.” (Revista Espírita,jan.1863,p.06).

Sabemos ainda que uma descarga fluídica feita sobre um obsedado por vários espíritas, por meio da cadeia magnética, pode romper o laço fluídico que liga ao obsessor e tornar-se para este último um remédio moral muito eficaz, provando-lhe a sua impotência. (Revista Espírita de1867,p.185).

“ Isto se compreende tanto melhor quanto o poder dos fluidos está em relação directa com o adiantamento moral daquele que o emite”.

Efeito do Envolvimento Fluídico e da Magnetização Mental

Agradecimentos do Espírito Germaine:

(…); a prece que derramaram sobre mim tornou-me a alma mais limpa; extinguiu-se a minha sede de vingança.A lembrança de meu infame passado será minha expiação.Minha prece, junta à vossa, adoçara o remorso que me tortura. Obrigado a vós todos, que me chamastes ao caminho da verdade e do bem, quando eu estava perdido nas profundezas do vício e da impenitência. (Revista Espírita, jan.1865,p.16).

Mecanismo de Acção de Cérebro a Cérebro

“ Nos transmissores dessa espécie, é imperioso conjugar a aparelhagem necessária à captação, transformação, irradiação e recepção dos sons e das imagens de modo simultâneo.

De igual maneira, até certo ponto, o pensamento, a formular-se em ondas, age de cérebro a cérebro, quanto a corrente de eléctrons, de transmissor a receptor, em televisão.” (Mecanismos da Mediunidade, 8.ed.,p85)


Guia de tratamento: Evangelho no lar. Assistência regular na casa Espírita, o passe, água fluidificada na casa espírita, se possível na sala de passe. A assistência ao estudo na casa espírita.

“Fluidificação ou magnetização da água”
“A fluidificação da água deve ser sempre realizada no ambiente dedicado ao passe.Quanto à fluidificação pode ser realizada espiritualmente ou através de um passita com equilíbrio, físico e espiritual.
(Gurgel, (O passe espírita, p.126-127).

“ A Água no plano espiritual”

Na Terra quase ninguém cogita seriamente de conhecer a importância da água. “Em Nosso lar “, contudo, outros são os conhecimentos. Acontece, porem, que só os Ministérios da União Divina são detentores do maior padrão de Espiritualidade Superior, entre nós, cabendo-lhes a magnetização geral das águas do rio Azul, a fim de que sirvam todos os habitantes do” Nosso Lar”.

O livro Nosso Lar (psicografia de Francisco Cândido Xavier) pelo espírito André Luiz


O Cenáculo Espirita Isabel de Aragão

Não faz da sala de passe uma sala de reunião mediúnica, de doutrinação aos desencarnados, porquê!..

O Momento do Passe não é de doutrinação aos desencarnados.O estudo da doutrina mostra que é completamente inadequado e não atende aos propósitos kardequianos essa actividade, além de não resolver nenhum problema na área desobsessiva, ainda coloca as pessoas que assistem sob risco do desequilíbrio. “Tudo nos é licito mas nem tudo nos convém”. Diz-nos o apóstolo Paulo.

Nós que dizemos amar o nosso Chico Xavier pelo exemplo como médium, lhe fazemos honras e homenagens como não seguir as instruções dos benfeitores espirituais nos livros psicografados por ele, decerto não haveria tanta incoerência doutrinária.

Alem dos livros mencionados acima foram utilizados na pesquisa os livros de obsessão e desobsessão de Suely Caldas Schubert e Desobsessão por corrente magnética da Editora Auta de Sousa.

“ Obsessão e Desobsessão“

M. Jovem de 17 anos, subitamente passou a sofrer de insónias e grande agitação. Nos momentos em que era acometida dessa aflição indefinível, sentia também um odor insuportável que não conseguia explicar e só por ela percebido. O cheiro era muito forte e não havia recurso algum que o dissipasse. Entretanto, cessado o estado de angústia, também aquele desaparecia como por encanto, para retornar mais tarde, nos mais diferentes momentos.

Um amigo espírita levou a jovem ao Centro Espírita Ivon Costa para receber o passe. Esse foi ministrado antes da reunião de desobsessão, e, após recebe-lo, a paciente regressou ao lar, dizendo-se aliviada. Durante a reunião manifestou-se uma entidade muito sofredora, que padecia os horrores de sentir-se imantada ao próprio cadáver em decomposição. Sentia-se simultaneamente dentro e fora do caixão. Recebendo o amparo do Alto, o Espírito foi desligado e levado para tratamento.

Conforme fomos cientificados pelo Mentor da reunião, essa entidade aproximara-se de M... com quem se afinizara, mas não tinha consciência disso e do mal que praticava. A jovem, a partir daquela noite, nunca mais sentiu coisa alguma. Recebeu orientações, prosseguiu com a terapêutica do passe por mais umas semanas, sentindo-se plenamente equilibrada.

Suely C.Schubert



As obsessões mediúnicas apresentam-se sob várias modalidades, partindo dos dois grandes grupos: de Efeitos Inteligentes e de Efeitos Físicos.

Efeitos Inteligentes:

Obsessão telepática; auto-obsessão; personalidade antiga cristalizada (fixação mental); possessão partilhada (parceiros no vício);

Efeitos Físicos:

Casos de Poltergeist, referidos, mas não detalhados na série. Como esse tipo está também presente nas obsessões mediúnicas, vamos analisa-la, ao final, após ter detalhado os tipos de obsessões mediúnicas de efeitos inteligentes.


Efeitos Inteligentes:

Simbioses em graus diversos; Parasitose mental ou vampirismo, com mecanismos e graus diversos de actuação: infecções fluídicas, fixação mental (monoideísmo), psicopatologias do corpo espiritual (perispírito), como parasita ovóides, deformidades e zoantropia (licantropia); Vampirismo com repercussões orgânicas: possessão, epilepsia, neuroses etc; Sintonia: prevalência do mecanismo hipnótico, como na fascinação (canalização com dominação telepática); obsessão oculta (obsessão durante o sono físico) e obsessão coletiva.Encontramos, ainda, nesta classificação, os pensamentos sonorizados (mecanismos semelhante à radiofonia e televisão) e as alegrias com origem obsessiva.

Efeitos Físicos:

Poltergeist, referidos na obra, mas não detalhados. Há casos de Poltergeist que expressam o predomínio da acção dos encarnados, responsáveis pelo aliciamento de espíritos inferiores no processo obsessivo; em outros, a predominância na acção é dos desencarnados. Em todos esses casos temos de considerar a utilização negativa dessa força que é o ectoplasma.
Hermani Guimarães Andrade, um dos maiores pesquisadores de Poltergeist do mundo, pôde constatar na maioria dos casos investigados, essa interferência física negativa, que se inicia, quase sempre, sob o comando de encarnados que se acumpliciam com os desencarnados, no intuito de prejudicar a vida de algumas pessoas ou de famílias inteiras.

Dra. Marlene Nobre
Associação Médico-Espírita do Brasil