Movimentar ou não as mãos no exercício do passe.
Fontes de consulta:
A Codificação do Espiritismo, incluindo a Revista Espírita, e obras complementares de reconhecido conteúdo doutrinário.
Pesquisa elaborada por:
Francisco Rebouças
Janeiro/2008
Simples imposição das mãos, por quê?
Primeira Parte:
Introdução: Motivado, pelas constantes perguntas que nos são dirigidas, sobre a postura dos médiuns passistas no trabalho do passe nas nossas casas espíritas, e, diante da dúvida que muita gente confessa ter, de como se comportar em relação ao paciente postado à sua frente, visto que, não são os mesmos os procedimentos levados a efeito em todas as nossas instituições, devido às diferentes interpretações existentes no movimento espírita, estamos trazendo nossa pequena mais honesta contribuição, haurida nos postulados da codificação e nas obras auxiliares que muito nos ajudarão na compreensão e execução de nossas tarefas de caridade na mediunidade de Cura.
Não pretendemos ter a audácia de nos apresentar como os donos da verdade, nem o disparate de pensar que estamos dizendo a última palavra sobre o tema aqui exposto, simplesmente não somos de fugir dos desafios, que encaramos com o objectivo único de contribuir de forma positiva para uma melhor compreensão das actividades da mediunidade, pela simples satisfação de ver as tarefas espíritas cada vez mais esclarecidas, para um perfeito entendimento de todos nós, visando produzir os melhores resultados, na tarefa de ajuda ao nosso próximo.
A Codificação do Espiritismo, incluindo a Revista Espírita, e obras complementares de reconhecido conteúdo doutrinário.
Pesquisa elaborada por:
Francisco Rebouças
Janeiro/2008
Simples imposição das mãos, por quê?
Primeira Parte:
Introdução: Motivado, pelas constantes perguntas que nos são dirigidas, sobre a postura dos médiuns passistas no trabalho do passe nas nossas casas espíritas, e, diante da dúvida que muita gente confessa ter, de como se comportar em relação ao paciente postado à sua frente, visto que, não são os mesmos os procedimentos levados a efeito em todas as nossas instituições, devido às diferentes interpretações existentes no movimento espírita, estamos trazendo nossa pequena mais honesta contribuição, haurida nos postulados da codificação e nas obras auxiliares que muito nos ajudarão na compreensão e execução de nossas tarefas de caridade na mediunidade de Cura.
Não pretendemos ter a audácia de nos apresentar como os donos da verdade, nem o disparate de pensar que estamos dizendo a última palavra sobre o tema aqui exposto, simplesmente não somos de fugir dos desafios, que encaramos com o objectivo único de contribuir de forma positiva para uma melhor compreensão das actividades da mediunidade, pela simples satisfação de ver as tarefas espíritas cada vez mais esclarecidas, para um perfeito entendimento de todos nós, visando produzir os melhores resultados, na tarefa de ajuda ao nosso próximo.
Começamos por afirmar, que essa preocupação pela melhor e mais correta forma de procedimento do médium em favor do doente, é bastante antiga, pois, no tempo de Allan Kardec, ela já causava dúvidas aos passistas na prática de transmissão dos fluidos para o enfermo necessitado, conforme pergunta enviada ao codificador, constante da Revista Espírita que transcrevemos abaixo. Da sua resposta, seleccionamos alguns trechos para nossa compreensão e esclarecimento, sobre o assunto aqui enfocado.
Mediunidade Curadora : Volume VIII da Revista Espírita de Setembro de 1865. pág. 257 a 262.
DA MEDIUNIDADE CURADORA.
Escrevem-nos de Lyon, 12 de julho de 1865: "Caro Senhor Kardec. "Venho, na qualidade de Espírita, recorrer à vossa cortesia, e vos rogar consentir em dar-me alguns conselhos relativamente à prática da mediunidade curadora pela imposição das mãos. Um simples artigo a este respeito na Revista Espírita, contendo alguns desenvolvimentos, seria acolhido, disto estou seguro, com um grande interesse, não só por aqueles que, como eu, se ocupam desta questão com ardor, mas ainda por muitos outros a quem essa leitura poderia inspirar o desejo de dela se ocupar também. Lembro-me sempre dessas palavras de uma sonâmbula que eu havia formado. Eu a enviei, durante seu sono magnético, para visitar uma doente à distância, e a meu pedido como se poderia curá-la, ela disse: "Há alguém em sua aldeia que o poderia, é um tal; é "médium curador, mas sobre isto nada sabe." "Não sei até que ponto essa faculdade é especial, cabe-vos mais do que a qualquer outro apreciá-la, mas se ela o é realmente, como seria de desejar, que atraísseis sobre este ponto a atenção dos Espíritas. Mesmo todos aqueles que, fora de nossas opiniões, vos lessem, não poderiam ter nenhuma repugnância em tentar uma faculdade que não pede senão a fé em Deus e a prece. Que de mais geral, de mais universal? Não é mais questão de Espiritismo, e cada um, nesse terreno, pode conservar suas convicções.
Quantas irmãs de caridade, quantos bons curas do campo, quantos milhares de pessoas piedosas, ardentes pela caridade, poderiam ser médiuns curadores? É o que sonho em todas as religiões, em todas as seitas. Aceita por toda a parte, essa faculdade, esse presente divino da bondade do Criador, em lugar de ficar como apanágio de alguns, cairia, se assim posso me expressar, no domínio público. Este seria um belo dia para aqueles que sofrem, e há tantos deles! "Mas, para exercer essa faculdade, independentemente de uma fé viva e da prece, podem existir condições a reunir, procedimento a seguir para agir o mais eficazmente possível. Qual é a parte do médium na imposição das mãos? Qual é a dos Espíritos? É preciso empregar a vontade, como nas operações magnéticas, ou se limitar a pedir, deixando agir à sua vontade a influência oculta? Essa faculdade é realmente especial ou acessível a todos? O organismo nela desempenha um papel, e que papel? Essa faculdade pode ser desenvolvida, e em que sentido?
"Eis aqui onde vossa longa experiência, vossos estudos sobre as influências fluídicas, o ensino dos Espíritos elevados que vos assistem, e, enfim, os documentos que recolheis de todos os cantos do globo, podem vos permitir nos esclarecer e nos instruir; ninguém, como vós, está colocado nessa situação única. Todos aqueles que se ocupam da questão desejam vossos conselhos tanto quanto eu, disto estou seguro, e creio me fazer o intérprete de todos. Que mina fecunda é a mediunidade curadora! Aliviar-se-ás ou se curará o corpo, e pelo alívio ou pela cura encontrar-se-ás o caminho do coração, lá onde frequentemente a lógica havia fracassado. Quantos recursos possui o Espiritismo! Quanto é rico dos meios dos quais é chamado a se servir! Não deixando nenhum deles improdutivo; quanto tudo concorre a elevá-lo e a difundi-lo. Nisto nada poupais, caro senhor Kardec, e depois de Deus e dos bons Espíritos, o Espiritismo vos deve o que é. Já tendes uma recompensa disto neste mundo pela simpatia e afeição de milhões de corações que oram por vós, sem contar a verdadeira recompensa que vos espera num mundo melhor. 'Tenho a honra, etc. "A. D.”
Quantas irmãs de caridade, quantos bons curas do campo, quantos milhares de pessoas piedosas, ardentes pela caridade, poderiam ser médiuns curadores? É o que sonho em todas as religiões, em todas as seitas. Aceita por toda a parte, essa faculdade, esse presente divino da bondade do Criador, em lugar de ficar como apanágio de alguns, cairia, se assim posso me expressar, no domínio público. Este seria um belo dia para aqueles que sofrem, e há tantos deles! "Mas, para exercer essa faculdade, independentemente de uma fé viva e da prece, podem existir condições a reunir, procedimento a seguir para agir o mais eficazmente possível. Qual é a parte do médium na imposição das mãos? Qual é a dos Espíritos? É preciso empregar a vontade, como nas operações magnéticas, ou se limitar a pedir, deixando agir à sua vontade a influência oculta? Essa faculdade é realmente especial ou acessível a todos? O organismo nela desempenha um papel, e que papel? Essa faculdade pode ser desenvolvida, e em que sentido?
"Eis aqui onde vossa longa experiência, vossos estudos sobre as influências fluídicas, o ensino dos Espíritos elevados que vos assistem, e, enfim, os documentos que recolheis de todos os cantos do globo, podem vos permitir nos esclarecer e nos instruir; ninguém, como vós, está colocado nessa situação única. Todos aqueles que se ocupam da questão desejam vossos conselhos tanto quanto eu, disto estou seguro, e creio me fazer o intérprete de todos. Que mina fecunda é a mediunidade curadora! Aliviar-se-ás ou se curará o corpo, e pelo alívio ou pela cura encontrar-se-ás o caminho do coração, lá onde frequentemente a lógica havia fracassado. Quantos recursos possui o Espiritismo! Quanto é rico dos meios dos quais é chamado a se servir! Não deixando nenhum deles improdutivo; quanto tudo concorre a elevá-lo e a difundi-lo. Nisto nada poupais, caro senhor Kardec, e depois de Deus e dos bons Espíritos, o Espiritismo vos deve o que é. Já tendes uma recompensa disto neste mundo pela simpatia e afeição de milhões de corações que oram por vós, sem contar a verdadeira recompensa que vos espera num mundo melhor. 'Tenho a honra, etc. "A. D.”
Vejam abaixo, a resposta de Allan Kardec, sobre o tema não definindo absolutamente este ou aquele método ‘como fazem alguns confrades’ mas, explicando a pergunta feita sobre a simples imposição das mãos. Sabedor que o espiritismo teria no futuro outras muitas respostas do mundo espiritual “vide: André Luiz, Manoel Philomeno de Miranda, Leon Denis, Vianna de Carvalho, entre vários outros”, usou do seu conhecido bom senso, na elucidação da questão proposta acima.
Kardec:
“O que nos pede nosso honorável correspondente não é nada menos do que um tratado sobre a matéria. A questão foi esboçada em O Livro dos Médiuns e em muitos artigos da Revista, a propósito de fatos de curas e de obsessões; ela está resumida em O Evangelho Segundo o Espiritismo, a propósito das preces para os doentes e os médiuns curadores. Se um tratado regular e completo não pode ainda ser feito, isto se prende a duas causas: a primeira que, apesar de toda a atividade que desdobramos em nossos trabalhos, nos é impossível fazer tudo ao mesmo tempo; a segunda, que é mais grave, está na insuficiência das noções que se possuem ainda a esse respeito. O conhecimento da mediunidade curadora é uma das conquistas que devemos ao Espiritismo; mas o Espiritismo, que começa, não pode ainda haver dito tudo; não pode, de um só golpe, nos mostrar todos os fatos que ele abarca; cada dia deles desenvolve novos, de onde decorre novos princípios que vêm corroborar ou completar aqueles que já se conheciam, mas é preciso o tempo material para tudo; qualquer parte integrante do Espiritismo é, por si mesma, toda uma ciência, porque se liga ao magnetismo, e abarca não só as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades, tão numerosas e tão complicadas de obsessões que, elas mesmas, influem sobre o organismo. Não é, pois, em algumas palavras que se pode desenvolver um assunto tão vasto. Nele trabalhamos, como em todas as outras partes do Espiritismo, mas como não queremos nele nada pôr de nossa autoridade e que seja hipotético, não procedemos senão pelo caminho da experiência e da observação. Os limites deste artigo não nos permitindo dar-lhe os desenvolvimentos que comporta, resumimos alguns dos princípios fundamentais que a experiência consagrou (...).”
Em seu longo e detalhado enfoque sobre o assunto, Kardec nos dá inúmeras razões para crer que o médium deve se preparar não só para ser uma simples máquina transmissora de fluidos, ‘como se fosse um mero robô’, mas, um agente de cura conforme contido na matéria que segue:
“(...) A mediunidade curadora se exerce pela acção directa do médium sobre o doente, com a ajuda de uma espécie de magnetização de fato ou de pensamento.
“O que nos pede nosso honorável correspondente não é nada menos do que um tratado sobre a matéria. A questão foi esboçada em O Livro dos Médiuns e em muitos artigos da Revista, a propósito de fatos de curas e de obsessões; ela está resumida em O Evangelho Segundo o Espiritismo, a propósito das preces para os doentes e os médiuns curadores. Se um tratado regular e completo não pode ainda ser feito, isto se prende a duas causas: a primeira que, apesar de toda a atividade que desdobramos em nossos trabalhos, nos é impossível fazer tudo ao mesmo tempo; a segunda, que é mais grave, está na insuficiência das noções que se possuem ainda a esse respeito. O conhecimento da mediunidade curadora é uma das conquistas que devemos ao Espiritismo; mas o Espiritismo, que começa, não pode ainda haver dito tudo; não pode, de um só golpe, nos mostrar todos os fatos que ele abarca; cada dia deles desenvolve novos, de onde decorre novos princípios que vêm corroborar ou completar aqueles que já se conheciam, mas é preciso o tempo material para tudo; qualquer parte integrante do Espiritismo é, por si mesma, toda uma ciência, porque se liga ao magnetismo, e abarca não só as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades, tão numerosas e tão complicadas de obsessões que, elas mesmas, influem sobre o organismo. Não é, pois, em algumas palavras que se pode desenvolver um assunto tão vasto. Nele trabalhamos, como em todas as outras partes do Espiritismo, mas como não queremos nele nada pôr de nossa autoridade e que seja hipotético, não procedemos senão pelo caminho da experiência e da observação. Os limites deste artigo não nos permitindo dar-lhe os desenvolvimentos que comporta, resumimos alguns dos princípios fundamentais que a experiência consagrou (...).”
Em seu longo e detalhado enfoque sobre o assunto, Kardec nos dá inúmeras razões para crer que o médium deve se preparar não só para ser uma simples máquina transmissora de fluidos, ‘como se fosse um mero robô’, mas, um agente de cura conforme contido na matéria que segue:
“(...) A mediunidade curadora se exerce pela acção directa do médium sobre o doente, com a ajuda de uma espécie de magnetização de fato ou de pensamento.
(...) Seria, pois, um erro considerar o magnetizador como uma simples máquina na transmissão fluídica. Nisto como em todas as coisas, o produto está em razão do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos, haveria imprudência em se submeter à acção magnética do primeiro desconhecido; abstracção feita dos conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do magnetizador é como o leite de uma nutris salutar ou insalubre.
A propósito, sobre o assunto, vejamos o que nos fala André Luiz, no livro: Mecanismos da Mediunidade, através da psicografia de Chico Xavier, FEB 12ª edição página 160.
MÉDIUM PASSISTA — “(...) Referimos-nos, sim, aos intérpretes da Espiritualidade Superior, consagrados à assistência providencial aos enfermos, para encorajar-lhes a acção.
Decerto, o estudo da constituição humana lhes é naturalmente aconselhável, tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora não seja médico, se recomenda a aquisição de conhecimentos do corpo em si. E do mesmo modo que esse aprendiz de rudimentos da Medicina precisa atentar para a assepsia do seu quadro de trabalho, o médium passista necessitará vigilância no seu campo de acção, porqüanto de sua higiene espiritual resultará o reflexo benfazejo naqueles que se proponha socorrer. Eis porque se lhe pede a sustentação de hábitos nobres e atividades limpas, com a simplicidade e a humildade por alicerces no serviço de socorro aos doentes, de vez que semelhantes factores funcionarão à maneira do tungsténio na lâmpada eléctrica, susceptível de irradiar a força da usina, produzindo a luz necessária à expulsão da sombra.
O investimento cultural ampliar-lhe-á os recursos psicológicos, facilitando-lhe a recepção das ordens e avisos dos instrutores que lhe propiciem amparo, e o asseio mental lhe consolidará a influência, purificando-a, além de dotar-lhe a presença com a indispensável autoridade moral, capaz de induzir o enfermo ao despertar das próprias forças de reacção”.
Assim sendo, perguntamos: Como deixar de atender às sugestões e inspirações dos Mensageiros do Além na hora do passe, pois, justamente para isso nos preparamos?
Decerto, o estudo da constituição humana lhes é naturalmente aconselhável, tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora não seja médico, se recomenda a aquisição de conhecimentos do corpo em si. E do mesmo modo que esse aprendiz de rudimentos da Medicina precisa atentar para a assepsia do seu quadro de trabalho, o médium passista necessitará vigilância no seu campo de acção, porqüanto de sua higiene espiritual resultará o reflexo benfazejo naqueles que se proponha socorrer. Eis porque se lhe pede a sustentação de hábitos nobres e atividades limpas, com a simplicidade e a humildade por alicerces no serviço de socorro aos doentes, de vez que semelhantes factores funcionarão à maneira do tungsténio na lâmpada eléctrica, susceptível de irradiar a força da usina, produzindo a luz necessária à expulsão da sombra.
O investimento cultural ampliar-lhe-á os recursos psicológicos, facilitando-lhe a recepção das ordens e avisos dos instrutores que lhe propiciem amparo, e o asseio mental lhe consolidará a influência, purificando-a, além de dotar-lhe a presença com a indispensável autoridade moral, capaz de induzir o enfermo ao despertar das próprias forças de reacção”.
Assim sendo, perguntamos: Como deixar de atender às sugestões e inspirações dos Mensageiros do Além na hora do passe, pois, justamente para isso nos preparamos?
Voltemos à revista Espírita:
*7. O médium curador recebe o influxo fluídico do Espírito, ao passo que o magnetizador haure tudo em si mesmo. Mas os médiuns curadores, na estrita acepção da palavra, quer dizer, aqueles cuja personalidade se apaga completamente diante da acção espiritual, são extremamente raros, porque esta faculdade, elevada ao seu mais alto grau, requer um conjunto de qualidades morais que raramente se encontra sobre a Terra; somente eles podem obter, pela imposição das mãos, essas curas instantâneas que nos parecem prodigiosas; muito poucas pessoas podem pretender este favor. O orgulho e o egoísmo sendo as principais fontes das imperfeições humanas, disso resulta que aqueles que se gabam de possuir esse dom, que vão por toda a parte enaltecendo as curas maravilhosas que fizeram, ou que dizem ter feito, que procuram a glória, a reputação ou o proveito, estão nas piores condições para obtê-la, porque esta faculdade é o
privilégio exclusivo da modéstia, da humildade, do devotamento e do desinteresse. Jesus dizia àqueles que tinha curado: Ide dar graças a Deus, e não o digais a ninguém. *7. O médium curador recebe o influxo fluídico do Espírito, ao passo que o magnetizador haure tudo em si mesmo. Mas os médiuns curadores, na estrita acepção da palavra, quer dizer, aqueles cuja personalidade se apaga completamente diante da acção espiritual, são extremamente raros, porque esta faculdade, elevada ao seu mais alto grau, requer um conjunto de qualidades morais que raramente se encontra sobre a Terra; somente eles podem obter, pela imposição das mãos, essas curas instantâneas que nos parecem prodigiosas; muito poucas pessoas podem pretender este favor. O orgulho e o egoísmo sendo as principais fontes das imperfeições humanas, disso resulta que aqueles que se gabam de possuir esse dom, que vão por toda a parte enaltecendo as curas maravilhosas que fizeram, ou que dizem ter feito, que procuram a glória, a reputação ou o proveito, estão nas piores condições para obtê-la, porque esta faculdade é o
8. A mediunidade curadora pura sendo, pois, uma excepção neste mundo, disso resulta que há quase sempre acção simultânea do fluido espiritual e do fluido humano; quer dizer, que os médiuns curadores são todos mais ou menos magnetizadores, é por isso que agem segundo os procedimentos magnéticos; a diferença está na predominância de um ou de outro fluido, e na maior ou na menor rapidez da cura. Todo magnetizador pode se tornar médium curador, se sabe se fazer assistir pelos bons Espíritos; neste caso os Espíritos lhe vêm em ajuda, derramando sobre ele seu próprio fluido que pode duplicar ou centuplicar a acção do fluido puramente humano. 10. Mas se a vontade é ineficaz quanto ao concurso dos Espíritos, ela é omnipotente para imprimir ao fluido, espiritual ou humano, uma boa direcção, e uma energia maior. No homem débil e distraído, a corrente é débil, a emissão fraca; o fluido espiritual se detém nele, mas sem proveito para ele; no homem de uma vontade enérgica, a corrente produz o efeito de uma ducha. Não é preciso confundir a vontade enérgica com a teimosia, porque a teimosia é sempre uma consequência do orgulho e do egoísmo, ao passo que o mais humilde pode ter a vontade do devotamento. A vontade é ainda omnipotente para dar aos fluidos as qualidades especiais apropriadas à natureza do mal. Este ponto, que é capital, se prende a um princípio ainda pouco conhecido, mas que está em estudo, o das criações fluídicas, e das modificações que o pensamento pode fazer a matéria suportar. O pensamento, que provoca uma emissão fluídica, pode operar certas transformações moleculares e atómicas, como se vê isto se produzir sob a influência da electricidade, da luz ou do calor”.
*No item 7 (sete) acima, nas suas claras e sábias explicações, o codificador nos alerta para os caracteres da elevação moral-espiritual imprescindíveis de que carece o médium, para se utilizar da simples imposição das mãos sobre o enfermo, afirmando-nos taxativamente: “muito poucas pessoas podem pretender este favor”.
E nós acrescentamos: Quem se achar dotado de tais virtudes que as utilize, penso que infelizmente sem qualquer intenção de falsa modéstia, não me acho entre esses.
Segunda Parte
Nossas pesquisas na literatura Espírita sobre o tema
Sobre o papel exercido pelo médium no serviço de magnetização pelos passes, vejamos o contido no mesmo volume VIII, da Revista Espírita de l865, página 267, ainda no mês de Setembro, que abaixo transcrevemos:
“Como procede um magnetizador comum? Suponhamos que queira agir sobre um braço, por exemplo: concentra sua acção sobre esse membro, e por um simples movimento de seus dedos, executado à distância e em todos os sentidos, agindo absolutamente como se o contato da mão fosse real, ele dirige uma corrente fluídica sobre o ponto desejado (...)”.
Nossas pesquisas na literatura Espírita sobre o tema
Sobre o papel exercido pelo médium no serviço de magnetização pelos passes, vejamos o contido no mesmo volume VIII, da Revista Espírita de l865, página 267, ainda no mês de Setembro, que abaixo transcrevemos:
“Como procede um magnetizador comum? Suponhamos que queira agir sobre um braço, por exemplo: concentra sua acção sobre esse membro, e por um simples movimento de seus dedos, executado à distância e em todos os sentidos, agindo absolutamente como se o contato da mão fosse real, ele dirige uma corrente fluídica sobre o ponto desejado (...)”.
Seguimos nosso estudo, enfocando um exemplo de cura realizada pelos passistas, com a movimentação das mãos, em determinadas partes do corpo da enferma conforme segue:
"Madame P... estava afectada, há vinte e oito anos, de uma hiperestesia aguda ou sensibilidade exagerada da pele, enfermidade que a retinha em seu quarto há quinze anos. Ela mora numa pequena cidade vizinha, e, tendo ouvido falar de nosso grupo, veio procurar alívio junto a nós. Ao cabo de trinta e cinco dias, voltou completamente curada. Durante esse tempo, recebeu cada dia um quarto de hora de emissão fluídica, com o concurso de nossos guias espirituais. "Dávamos, ao mesmo tempo, nossos cuidados a um epiléptico, atingido por essa terrível enfermidade há vinte e sete anos. As crises se renovavam quase cada noite, e cada vez sua mãe passava longas horas à sua cabeceira. Trinta e cinco dias bastaram para essa cura importante, e que estava feliz, essa mãe, acompanhando seu filho radicalmente curado! Nós revezávamos, todos os três, de oito dias em oito dias, para a emissão fluídica, colocávamos a mão, ora sobre a cavidade do estômago do enfermo, ora sobre a nuca, no início do pescoço. Cada dia o enfermo podia constatar uma melhora; nós mesmos, depois da evocação e durante o recolhimento, sentíamos o fluido exterior nos invadir, passar em nós, e escapar-se de nossos dedos alongados e de nosso braço estendido para o corpo do sujeito que tratávamos. "Dávamos nesse momento nossos cuidados a um segundo epiléptico; desta vez, a enfermidade seria talvez mais rebelde, uma vez que é hereditária. O pai deixou, aos seus quatro filhos, o germe dessa afecção; enfim, com a ajuda de Deus e dos bons Espíritos, esperamos reduzi-la em todos os quatro. "Caro mestre, reclamamos o socorro de vossas preces e as de nossos irmãos de Paris. Esse socorro será para nós um encorajamento e um estímulo aos nossos esforços.”
Obs.: Na narrativa acima, a cura foi obtida pala colocação das mãos dos médiuns nos prováveis locais da enfermidade, e não pela simples imposição das mãos dos passistas sobre a cabeça da enferma.
Obs.: Na narrativa acima, a cura foi obtida pala colocação das mãos dos médiuns nos prováveis locais da enfermidade, e não pela simples imposição das mãos dos passistas sobre a cabeça da enferma.
Nas Obras auxiliares
1) “Conrado, impondo a destra sobre a fronte da médium, comunicou-lhe radiosa corrente de forças e inspirou-a a movimentar as mãos sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo.
1) “Conrado, impondo a destra sobre a fronte da médium, comunicou-lhe radiosa corrente de forças e inspirou-a a movimentar as mãos sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo.
Notamos que o córtex encefálico se revestiu de substância luminosa que, descendo em fios tenuíssimos, alcançou o campo visceral.
A senhora exibiu inequívoca expressão de alívio, na expressão fisionômica, retirando-se visivelmente satisfeita, depois de prometer que voltaria ao tratamento.”
Livro:Domínios da Mediunidade, Cap. 17 serviços de Passes, Pag. 169. Chico Xavier/ André luiz.
A senhora exibiu inequívoca expressão de alívio, na expressão fisionômica, retirando-se visivelmente satisfeita, depois de prometer que voltaria ao tratamento.”
Livro:Domínios da Mediunidade, Cap. 17 serviços de Passes, Pag. 169. Chico Xavier/ André luiz.
2) “(...) O Coronel Sobreira, inspirado pelo Mentor, acercou-se do médium e acudiu Matias incorporado com o recurso da aplicação de passes magnéticos de longo curso com a função calmante....”
Livro: Grilhões Partidos – Livraria Espírita Alvorada - Editora, 11ª edição. Cap. 19, pag. 167. Divaldo Pereira Franco/ Manoel Philomeno de Miranda.
3) “Logo após, entre Cláudio e Salomão, orou, emocionado. Suplicou a bênção do Cristo para a menina atropelada, qual se expusesse, diante de Jesus invisível, uma filha profundamente cara, e, em seguida, ministrou-lhe passes de longo curso com o devotamento de quem lhe transferia as próprias forças.
Cooperamos com ele, sob o olhar penetrante de Moreira, que tudo anotava como que sequioso de aprender.
A operação, saturada de agentes reconstituinte do plano físico, infundiu grande bem à moça, melhorando-lhe a condição geral. Relaxou-se-lhe mais intensamente o esfíncter da micção, a respiração desoprimiu-se e conseguiu entrar em sono calmo.”
Livro: Sexo e Destino, Chico Xavier e Waldo Vierra/ André Luiz – FEB 18ª edição – II Parte, Cap.II, pag.192.
4)´“A vontade de aliviar, de curar - dissemos - comunica ao fluido magnético propriedades curativas. O remédio para os nossos males está em nós. Um homem bom e sadio pode atuar sobre os seres débeis e enfermiços, regenerá-los por meio de sopro, pela imposição das mãos e mesmo mediante objetos impregnados da sua energia. Opera-se mais frequentemente por meio de gestos, denominados passes, rápidos ou lentos, longitudinais ou transversais, conforme o efeito, calmante ou excitante, que se quer produzir nos doentes. Esse tratamento deve ser seguido com regularidade, e as sessões renovadas todos os dias até à cura completa”.
Livro: No Invisível, Léon Denis, Cap. XV.
5) Saí das reflexões, quando foi convidado pela Benfeitora à aplicação do socorro fluídico, em que se transferiram energias mais específicas a Argos. O auxílio de Bernardo, valioso, criara a predisposição para que o doente assimilasse, dessa vez, outro tipo de fluidos procedentes do corpo físico sadio do sensitivo. Foi proferida uma oração de alto significado emocional, de que todos participamos e, ato contínuo, o médium, seguramente conduzido pela Irmã Angélica, deu início à operação socorrista.A princípio com movimentos rítmicos e em direcção longitudinal, desembaraçou o enfermo das energias absorvidas e dos mias-mas venenosos que lhe empestavam o organismo, como a desintoxicar as células, facilitando-lhes a renovação.
Foram mais cuidadosamente atendidos os centros coronário, cardíaco e gástrico, que exteriorizavam coloração escura e fluido pastoso, letal. Em seguida passou a transferir-lhe as forças restauradoras, mediante a imposição das mãos nas referidas áreas que, lentamente foram absorvendo a energia salutar e mudando de cor, irradiando para todo o corpo as vibrações de reequilíbrio. Logo após, foi magnetizada a água, que lhe foi oferecida em pequena dose e se encerrou o labor da caridade fraternal.Livro: Painés da Obsessão – Divaldo Pereira Franco/Manoel Philomeno de Miranda . Livraria Espírita Alvorada Editora – 8ª edição, Cap. 27, Pag.253.
Dos Confrades da Doutrina:
Dos Confrades da Doutrina:
6) DIVALDO PEREIRA FRANCO
Trazemos, a seguir, questão formulado sobre o assunto pelo Jornal do CEPEAK, ao conhecido Tribuno espírita Divaldo Pereira Franco, em entrevista concedida ao citado órgão de divulgação do espiritismo em sua edição de Março/Abril de 2003, conforme segue:J. Cepeak – No livro “Nos Domínios da Mediunidade” – Cap. 17, André Luiz nos diz que “Conrado impondo as mãos sobre a fronte da médium, inspirou-a a movimentar as mãos sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo”. Kardec diz que os olhos e as mãos são órgãos de emissão e direcção de fluidos. (Obras Póstumas – Fotografia e Telegrafia do Pensamento). Existe uma corrente dentro do movimento espírita afirmando que ao médium incumbe apenas impor as mãos sobre a cabeça do paciente, como fazia Jesus e que o restante cabe aos espíritos superiores em serviço.
Perguntamos:
a) Para que André Luiz nos ensinaria sobre as funções dos centros de forças (chakras)?
b) Para que os técnicos do plano espiritual precisariam do fluido animalizado do médium que eles podem extrair de toda parte?
b) Para que os técnicos do plano espiritual precisariam do fluido animalizado do médium que eles podem extrair de toda parte?
c) Se não temos a superioridade de Jesus, que curava até com saliva e lodo e mesmo à distância (o centurião romano e o servo etc), por que o médium deve ser dispensado da movimentação discreta e consciente das mãos? Em resumo: o médium, atendidos os requisitos básicos, deve se limitar a impor as mãos sobre o paciente no momento do passe?
Divaldo – Confesso aceitar, sem qualquer restrição, a orientação do Espírito André Luiz, através da mediunidade do apóstolo Chico Xavier, perfeitamente centrada no pensamento Kardequiano, direccionando as mãos do passista no rumo do órgão enfermo. Jesus pela excelência de que se encontrava revestido, penetrava no âmago do ser e, conhecendo a problemática da saúde que o atormentava, bastava impor-lhe as mãos, tocá-lo ser tocado na fímbria dos Seus vestidos, desejar apenas e a recuperação de imediato se dava. Como há uma distância abissal entre ELE e nós, prefiro agir nos chakras correspondentes ao distúrbio orgânico, emocional ou psíquico, embora sem tocar no paciente, evitando incompreensões, e conclusões injustificáveis.
Extraindo do fluido universal as energias que necessitam para operarem o socorro aos necessitados, os Mentores igualmente utilizam do fluido animal do médium, perfeitamente compatível com o do paciente, ainda mais quando ocorre a cooperação espontânea e enriquecedora do doador ou passista.
As correntes de opinião, quando sinceras e fundamentadas na Doutrina, são todas respeitáveis. No entanto, a experiência de cada pessoa permite-lhe agir conforme os resultados que vem colhendo, sem preocupar-se com as diferenças de métodos, modelos e fórmulas.
Sempre haverá opinião discordante em todo mister de natureza humana, considerando-se os diferentes níveis de consciência, de conhecimento, de comportamento pessoal.
Sempre haverá opinião discordante em todo mister de natureza humana, considerando-se os diferentes níveis de consciência, de conhecimento, de comportamento pessoal.
"Das curas feitas por Jesus relatadas no evangelhos e descritas em obras espíritas"
(As 21 acções de curas,e suas descrições deixo em aberto para visita ao blogue do espiritista Francisco Rebouças )
("Cego de betsaida -Tomando o cego pela mão, ele o levou para fora do burgo ,passou-lhe saliva nos olhos e ,havendo-lhe imposto as mãos , lhe perguntou se via alguma coisa .") A mulher curada . Vendo-a , jesus a chamou e lhe disse : Mulher, estás livre da tua enfermidade.
-Impôs-lhe ao mesmo tempo as mãos e ela , endireitou-se , rendeu graças a Deus "),das 21 acções de Jesus descritas nos evangelhos e obras espíritas ,somente em 2(duas) oportunidades,podemos constar a narrativa de que Jesus se utilizou dessa forma de efectuar
suas curas ,mesmo assim ,o que eles não dão destaque é que Jesus,passa a saliva directamente nos olhos do cego, ou seja ,no orgãocausador da dificuldade do irmão curado , Livro de Marcos cap-8 vers 23 e João cap 9 vers 6.Nas duas vezes em que impôs as mãos, Ele se utilizou de outros procedimentos , ou seja ,numa passou antes saliva nos olhos e na outra ,falou antes para a mulher que ela estava curada, em todas as outras , não temos esse tipo de procedimento pelo Mestre de Nazaré , que como bem nos diz Allan Kardec em " A Génese ", não precisava de qualquer outro subterfúgio senão o de ordenar ao espírito que seguisse seu caminho, e não voltasse a transgredir as Leis de Deus .
suas curas ,mesmo assim ,o que eles não dão destaque é que Jesus,passa a saliva directamente nos olhos do cego, ou seja ,no orgãocausador da dificuldade do irmão curado , Livro de Marcos cap-8 vers 23 e João cap 9 vers 6.Nas duas vezes em que impôs as mãos, Ele se utilizou de outros procedimentos , ou seja ,numa passou antes saliva nos olhos e na outra ,falou antes para a mulher que ela estava curada, em todas as outras , não temos esse tipo de procedimento pelo Mestre de Nazaré , que como bem nos diz Allan Kardec em " A Génese ", não precisava de qualquer outro subterfúgio senão o de ordenar ao espírito que seguisse seu caminho, e não voltasse a transgredir as Leis de Deus .
(As 21 acções de curas,e suas descrições deixo em aberto para visita ao blogue do espiritista Francisco Rebouças )
Conclusão: Respeitando as opiniões em contrário , de quantos não concordarem connosco , temos o dever de dizer que nossos argumentos estão fundamentados na doutrina espírita ,e que por essa razão, optamos por ficar com Kardec , e com os Espíritos Superiores , nas matérias aqui expostas ,contidas na Codificação e nas obras auxiliares de reconhecido conteúdo doutrinário, em razão disso , não podemos aceitar simples opiniões pessoais de quem quer que seja, como tendo o mesmo peso dos ensinos dos propostos de Jesus.
"Para finalizar, solicitamos atenção para nossas observações seguintes:"
a) Em primeiro lugar , precisamos dedicar todo o esforço possível na necessária preparação para o exercício da nobre tarefa da mediunidade em todos os sentidos , pelo estudo sério e constante do espiritismo,como sendo o compromisso maior que assumimos com a doutrina que dizemos professar .
b) Que no caso específico da Cura pelo Passe ,conforme esclarecimentos aqui expostos , retirados dos ensinos ministrados pelos Espíritos Superiores na
doutrina espirita, devemos sim , movimentar as mãos,em direcção aos órgãos em desequilíbrio do irmão à nossa frente,sintonizados com a equipe Espiritual Superior,responsável pelas tarefas em desenvolvimento,que nos assistirão , inspirando-nos a fazer este ou aquele movimento visando o restabelecimento da normalidade do órgão em desequilibrio no irmão assistido . Que Jesus nos sustente nas obras do bem com sua doce e sublime Paz , hoje e sempre .
Francisco Reboças.